"Falta de segurança e de liderança." Guardas do estabelecimento prisional de Beja em greve ao trabalho suplementar

Foto: Tony Dias/Global Imagens (arquivo)
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional marcou uma greve a todo o serviço, em Beja, a 16 de dezembro, e não afasta a hipótese de avançar com uma greve nacional
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Os guardas do estabelecimento prisional de Beja fazem, esta segunda-feira, greve ao trabalho suplementar, por falta de segurança e de liderança da diretora da prisão. Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais, enumera as razões pelas quais os profissionais decidiram pela paralisação.
"Na semana passada, um recluso foi ao hospital só para ir buscar uma receita para um antibiótico, quando o estabelecimento prisional tem médico e enfermeiros constantemente. Depois também temos reclusos que vão às urgências, quando o Serviço Nacional de Saúde diz que não havia necessidade de irem, mas a senhora diretora decide que eles vão. Temos saídas para a Casa do Alentejo de Lisboa e para Vila Viçosa para cantarem o Cante Alentejano, deixando a cadeia sem guardas prisionais e obrigando os guardas - alguns que estão de folga - a fazerem trabalho suplementar, que não é remunerado", explica à TSF Frederico Morais, sublinhando que estes são "exemplos de falta de segurança e falta de liderança".
O sindicato marcou uma greve a todo o serviço, em Beja, a 16 de dezembro, e não afasta a hipótese de avançar com uma greve nacional nas prisões, uma possibilidade que será discutido em janeiro.
