Consumos mais baixos dos hotéis da região e recolhimento obrigatório influenciam níveis dos recursos hídricos no sul do país.
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Um mês de Abril chuvoso e o encerramento das unidades hoteleiras foram as duas causas que levaram a melhorar as reservas hídricas na região do Algarve e Alentejo. Ainda assim, a região mais a sul do país continua em situação de seca moderada.
A porta voz da empresa Águas do Algarve explica que a época da Páscoa sem turistas foi determinante. E nem mesmo o facto das pessoas se terem recolhido em casa durante todo este tempo fez, diz Teresa Fernandes, aumentar em demasia os consumos de água.
No entanto, o Algarve e Baixo Alentejo continuam na situação de seca moderada, com as albufeiras da zona do Sotavento, as barragens de Odeleite e Beliche, a não chegam sequer aos 40% da sua capacidade.
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Os hotéis são os grandes consumidores de água no Algarve. Durante os dois meses de encerramento devido à pandemia, baixaram o consumo. A somar a essa situação, o mês de abril também foi chuvoso e fez aumentar as reservas nas barragens e melhorar a situação dos solos.
Situação preocupante mas controlada, garante a Águas do Algarve." Se virmos as reservas atuais, elas são suficientes para abastecer a região, embora os níveis das albufeiras sejam muito inferiores ao que seria desejável para estarmos numa situação de despreocupação", revela Teresa Fernandes.
Anualmente a região tem um consumo de água que ronda os 70 milhões de metros cúbicos e só nos meses de julho e agosto, esse número ultrapassa os 9 milhões. No entanto, este ano pode ser diferente." Se houver uma redução turística, ainda não se sabe o que vai acontecer, mas sim, o consumo da água também será inferior à média dos últimos anos".
Uma situação que também tem o reverso da medalha: um menor número de turistas é mau para a economia mas poderá ser bom para as reservas hídricas
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