"Falta investimento" para combater cancro do pâncreas. Taxa de mortalidade é de 95%
Dia Mundial do Cancro do Pâncreas assinala-se esta quinta-feira.
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Falta investimento e sensibilidade por parte dos médicos de família para o cancro do pâncreas, alerta o presidente da Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, Europacolon.
Em declarações à TSF, Vítor Neves lamenta a "falta de investimento constante relativamente a esta doença nos últimos 40 anos", comparativamente com outras doenças oncológicas.
A taxa de mortalidade desta doença é de 95%, mas o presidente da Europacolon afirma que poderiam ser evitadas muitas mortes se os médicos de família estivessem mais sensibilizados para os sintomas desta doença.
"Em Portugal há cerca de 1800 novos casos por ano, exatamente porque os sintomas que esta doença dá muitas vezes são confundidos com outro tipo de doenças e demoram muito a chegar ao diagnóstico precoce."
O Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, que se assinala esta quinta-feira, tem como objetivo sensibilizar a população, mas também "indicar aos profissionais de saúde para valorizarem os sintomas que os pacientes, ou utentes transmitem, nas suas consultas".
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"Icterícia, náuseas, dores na coluna vertebral, perda de peso sem razão aparente e dores abdominais são sintomas que as pessoas não devem desvalorizar nem devem associar a coisas simples."
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Para assinalar o Dia Mundial do Cancro Pancreático, o I3S, Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto organiza esta quinta-feira um debate, que junta especialistas, investigadores e doentes. A entrada é livre.