Perante a denúncia do Sindicato Independente dos Médicos, a ARS Norte diz que a campanha de vacinação já começou, mas a procura elevada levou à rutura do stock.
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Faltam vacinas para a gripe na região norte do país, alerta o Sindicato Independente dos Médicos.
"O estranho é que tendo a campanha [de vacinação] começado no dia 14 de outubro na Administração Regional de Saúde (ARS) Norte, e sem qualquer tipo de explicação, essa vacinação não começou", condena o secretário-geral do sindicato.
Em declarações à TSF, Jorge Roque da Cunha nota que o caso do Norte "atrasa e desorganiza todo um sistema que já estava preparado para começar dia 14". Além disso facto de não existir qualquer explicação sobre o atraso "cria alguma apreensão" entre utentes, o que motiva esta denúncia.
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Roque da Cunha frisa que ainda há tempo para a vacinação contra a gripe - "pode ser feita em qualquer altura até janeiro", mas alerta que o atraso vai criar problemas logísticos nos centros de saúde "que eram escusados"
"As pessoas ficarão menos protegidas, mais ansiosas", enquanto trabalho dos profissionais de saúde "fica mais confuso", lamenta o sindicato independente dos médicos
Contactada pela TSF, a ARS Norte admite que existem casos pontuais de escassez de vacinas da gripe em alguns centros de saúde, mas rejeita que a situação seja caótica.
Até amanhã, o mais tardar, vai ser reforçada a rede de distribuição de vacinas, uma vez que uma das empresas fornecedoras vai esta quinta-feira entregar mais doses.
Fonte da ARS esclarece, ainda, que a campanha de vacinação não está parada: até ao final do dia desta quarta-feira foram administradas perto de 111.500 vacinas.
A tutela esclarece, também que a campanha de vacinação começou dentro do previsto, mas a procura elevada dos utentes levou à rutura do stock mais cedo do que o previsto.