Famílias das vítimas da queda do helicóptero devem receber meio milhão de euros
O INEM não dispõe de seguro pessoal para os trabalhadores. No entanto, os helicópteros de emergência são obrigados a ter um seguro para os ocupantes, em caso de acidente.
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Os familiares do médico e da enfermeira que morreram na queda de uma helicóptero do Instituição Nacional de Emergência Médica (INEM), no último sábado, deverão receber uma indemnização no valor de pelo menos 500 mil euros, cada uma.
Apesar do INEM não dispor de seguro de acidentes pessoais para os profissionais que lhe prestam serviços, o jornal Público avança que as famílias irão receber pelo menos meio milhão de euros cada, uma vez que a contratação do helicóptero de emergência previa um seguro de acidentes para os seus ocupantes. O valor da apólice foi revelado ao Público pela Babcock, a empresa que operava a aeronave.
De acordo com o jornal, a quantia recebida pelas famílias das vítimas pode mesmo ainda subir, uma vez que existiria uma segunda apólice, um seguro de responsabilidade civil, que a empresa é obrigada a ter para operar no espaço comunitário. Este seguro deverá beneficiar os familiares das quatro vítimas mortais do acidentes, tanto o médico e a enfermeira, como o piloto e o copiloto do helicóptero
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mostrara-se já preocupado com a contratação de colaboradores do INEM em regime de prestação de serviços, por não oferecer o seguro de acidentes aos profissionais. Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do sindicato, pediu uma indemnização para os familiares das vítimas do desastre de helicóptero, exigindo ao Governo que determine a constituição de uma comissão arbitral para o efeito.
O dispositivo de alerta do helicóptero que emite uma frequência quando há um embate não terá funcionado, de acordo com o Público, dificultando a localização da aeronave.
O Ministério Público já abriu um inquérito para investigar a queda do helicóptero.