Farmacêuticas pedem proteção para evitar estrangulamento da produção de medicamentos
Associação do setor fala numa questão de saúde pública.
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A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) diz que é fundamental que o Estado tenha em conta a importância da produção de medicamentos nas novas regras de circulação e controlo de fronteiras.
Até agora a diferenciação deste setor não foi feita, mas o presidente da associação, João Almeida Lopes, diz que está convencido que em breve o Governo vai ter em conta esta área, sendo "essencial diferenciar atividades por forma a assegurar que os medicamentos continuam a chegar aos cidadãos".
O representante do setor recorda que as fábricas que produzem medicamentos em Portugal integram uma cadeia de fornecimento que não pode ser interrompida e que "a esmagadora maioria das matérias-primas, das substâncias ativas e dos excipientes usados são importados".
Razões que levam a pedir que o "fornecimento de matérias-primas necessárias a cada uma das unidades - seja por estrada ou por outras vias de comunicação -, quer a deslocação de pessoal essencial à produção, devem ser totalmente protegidas para evitar o estrangulamento de partes deste setor absolutamente estratégico para a prossecução dos fins dos Serviços de Saúde".
"O encerramento temporário de fronteiras deve considerar, em absoluto, a urgência de manter abertos e totalmente operacionais os canais de transporte que permitem o trânsito e o normal escoamento deste tipo de mercadorias", defende a associação.
A APIFARMA adianta que a indústria farmacêutica tem ativos os seus planos de contingência, "permitindo ultrapassar com êxito o choque externo inicial provocado pela paralisação das unidades produtivas chinesas, que, entretanto, começaram a reabrir".
A APIFARMA defende que é "essencial e premente assegurar que os medicamentos e os dispositivos médicos para diagnóstico in vitro chegam a todos os cidadãos, nomeadamente aos mais vulneráveis e aos doentes".