O presidente do sindicato espera uma adesão a rondar os 90%. Esta manhã, os farmacêuticos concentram-se junto a São Bento para alertar o primeiro-ministro para os problemas do setor.
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Os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) iniciam esta segunda-feira uma greve para exigir ao Ministério da Saúde avanços nas negociações sobre a valorização das carreiras e das grelhas salariais.
O presidente do sindicato Nacional dos Farmacêuticos, Henrique Reguengo, embora ainda sem números, estima que a adesão seja "igual ou superior" à das últimas greves "acima dos 90%".
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"Esperamos, de uma vez por todas, chamar a atenção do Governo que é necessário começar a negociar com os farmacêuticos de uma maneira séria. Aquilo que tem acontecido é que, nos últimos meses houve quatro reuniões com o ministério, mas das quais não saiu rigorosamente nada de efetivamente relevante para resolver os problemas da classe".
Para Henrique Reguengo, "os problemas da classe são os problemas dos Serviço Nacional de Saúde que, se ficar sem farmacêuticos, fica sem uma base estrutural para o seu funcionamento".
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A greve desta segunda-feira prevê ainda uma concentração junto ao Palácio de São Bento num alerta ao primeiro-ministro, António Costa, para os problemas do setor. "Já que o Ministério da Saúde não consegue trazer as Finanças e a Administração Pública para as negociações, estamos a tentar alertar o senhor primeiro-ministro para que pelo menos ele olhe para o que está a acontecer e se aperceba do caminho desastroso que as coisas estão a levar".
"Temo que a continuarmos neste sentido, quando as pessoas se aperceberem de que a área farmacêutica no Serviço Nacional de Saúde está absolutamente desestruturada já seja tarde de mais. Porque não se fazem farmacêuticos hospitalares em meia dúzia de meses".
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O protesto dos farmacêuticos arranca com a greve nacional desta segunda-feira, estando previstas mais duas paralisações em setembro por distrito. Para 19 de setembro está agendada uma nova greve nacional.