O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida vai contar com um representante da Ordem dos Farmacêuticos. A alteração deverá ser aprovada esta sexta-feira no Parlamento.
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A alteração da composição do Conselho Nacional de Ética, que passa a ter 20 elementos em vez dos atuais 19, resulta de uma proposta do PSD, PS e CDS-PP, que justificam a mudança com o facto de a área farmacêutica ser uma daquelas em que se «colocam as mais variadas questões éticas, até pelo constante acesso científico a novos meios de diagnóstico e de tratamento de doenças».
Os autores do documento consideram «injustificada» a ausência de um representante da Ordem dos Farmacêuticos, tendo em conta que a atividade do CNECV «se reportar a matérias com uma importante componente de novas terapêuticas e, também, de inovação farmacológica».
A inclusão de um representante dos farmacêuticos no CNECV responde a uma pretensão da Ordem destes profissionais que já a tinha solicitado à Assembleia da República.
Em declarações à TSF, o bastonário dos farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa diz que se tratava de uma «lacuna incompreensível», recorda que alguns dos pareceres mais polémicos do anterior Conselho estavam relacionados com a política do medicamento. «Foram pareceres relacionados com a racionalização da medicação, questões de acesso ao medicamento. Estas questões marcaram o mandato anterior».