Fazer rir é uma arte. Doutores Palhaços querem "potencializar" alegria nas crianças hospitalizadas
Fernando Escrich, diretor artístico da Operação Nariz Vermelho, explica à TSF a função que os Doutores Palhaços desempenham nos hospitais.
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Assinalou-se o Dia Mundial do Riso, uma ferramenta fundamental para aqueles que, internados num hospital, têm poucas razões para sorrir, como é o caso de muitas crianças. O objetivo da Operação Nariz Vermelho, segundo Fernando Escrich, diretor artístico da instituição, é levar essa alegria aos menores hospitalizados em Portugal através da visita dos chamados Doutores Palhaços.
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"Nós levamos para o hospital uma missão que é a missão de levar alegria a crianças hospitalizadas. Primeiro entender o que é essa alegria para nós, para o palhaço que escolheu vestir-se como um médico" para ir a um hospital, conta Fernando Escrich à TSF.
Para o artista, a arte de fazer outra pessoa rir resulta "de uma comunicação bem estabelecida, ou seja, através do encontro de um Doutor Palhaço com uma criança".
Escrich sublinha que para "potencializar" o sentimento de alegria nas crianças hospitalizadas é preciso que os menores fiquem no centro de todo o trabalho.
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"Temos uma premissa básica que é primeiro olhar e escutar a criança e perceber o que está a acontecer ali em torno dela e, a partir daí, nós usamos as ferramentas da linguagem do palhaço e isso potencializa a alegria, que é como nós acreditamos, que é daí que vem o riso, vem a gargalhada e vêm as boas relações", afirma à TSF.
Fernando Escrich adianta que a ajuda dos "pais, acompanhantes e profissionais do hospital" é "fundamental" para a construção da relação entre os artistas e os mais pequenos, já que "nem sempre estão abertos a receber a visita de um palhaço, porque cada criança tem uma experiência de timidez, de no primeiro encontro ainda não entender muito bem o que é aquilo".
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O diretor artístico reforça então a importância da observação para o bom desempenho deste trabalho, nomeadamente para facilitar a interação dos Doutores Palhaços com os pacientes.
"Quando eu digo que os palhaços observam em torno da criança, tudo o que nós percebemos ali que pode ajudar nessa aproximação da criança, nós usamos como ferramentas, como peças fundamentais para essa aproximação e, muitas vezes, é um pai ou uma mãe", explica.