O País de Gales regressou esta sexta feira ao confinamento. A partir de hoje e até ao dia 9 de novembro.
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João Silva, um emigrante português em Cardiff adiantou à TSF que praticamente ninguém concorda com a medida que vai deixar durante duas semanas as pessoas fechadas em casa. Apesar do aumento diário do número de casos de Covid-19 a maioria considera "que isto não faz sentido nenhum, não vai fazer nada, da primeira vez também não fez nada e agora, só duas semanas, ainda vai fazer menos. Ninguém percebe. Há quem ache que estamos a chegar ao ponto de sermos comandados, como no regime da Margaret Thatcher, porque ela fazia o que lhe dava na cabeça. As pessoas sentem-se comandadas, sem voto na matéria". Aliás "há muita gente que pensa que isto é tudo uma conspiração".
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Apesar das dúvidas, este emigrante português a viver na capital do País de Gales, afirma que um novo confinamento pode dar algum folêgo aos hospitais até que seja encontrada outra solução para a pandemia, mas "a primeira preocupação é saber se há subsídios e a segunda é saber quando é que isto acaba e se vamos ter emprego". Para além destas inquietudes de origem financeira quem vive no país de gales lamenta o encerramento dos pubs.
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"Costumamos dizer que em Portugal que está tudo bem se o Benfica ganhar ou quando chega o São João e o Santo António, com as sardinhas e a praia e está tudo bem e esquecemos os problemas todos, aqui é a mesma coisa, mas com cerveja e pub´s. Agora fecham-nos os pubs é um problema e estamos à beira de uma guerra civil, quase", afirma. João Silva reconhece que as autoridades do País de Gales não tinham outra alternativa, senão o confinamento, até porque as pessoas nem sempre cumprem as regras sanitárias. Por exemplo, "ainda no domingo passado estava a trabalhar, no meu café, e eu começo a ouvir um barulho cá fora e vem uma manifestação, talvez com 50 a 60 pessoas, com pessoas com cartazes onde se ouvia o cântico Leave Covid Alone, como se o covid estivesse a ser incomodado, deixem o covid em paz".