Fecho de casas de acolhimento em Portalegre: ministra sem conhecimento de casos semelhantes
Ana Mendes Godinho garante que a Segurança Social vai encontrar "respostas alternativas" para as crianças e jovens abrangidos.
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A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, garante não ter conhecimento de mais casos como o de Portalegre, onde a Santa Casa da Misericórdia (SCMP) decidiu encerrar duas casas de acolhimento que tinham mais de 25 jovens à sua guarda.
A provedora da SCMP, Luísa Moreira, explicou esta quinta-feira que a medida foi tomada devido à falta de técnicos habilitados para responder de forma adequada junto dos menores, num contexto em que também não há verbas que o possam assegurar.
"A Casa de Acolhimento de Santo António, que só tinha rapazes, encerrou na quarta-feira e o encerramento da Casa de Acolhimento de Nossa Senhora da Conceição, que acolhe raparigas, deve ocorrer em setembro", referiu a provedora.
Esta tarde, após a assinatura de 39 contratos com instituições sociais, ao abrigo do programa PARES 3.0, Ana Mendes Godinho garantiu em declarações recolhidas pela TSF não ter informação "de outras situações semelhantes".
"O nosso trabalho é um trabalho permanente de acompanhamento das instituições de acolhimento, num momento em que estamos a trabalhar cada vez mais na promoção do acolhimento familiar", garantiu a governante. Estas instituições de acolhimento, assinala, "são determinantes para serem de enquadramento do novo modelo que procuramos implementar".
"Trabalhamos, acima de tudo, para o bem-estar das crianças e jovens, é isso que nos move", assegurou, com a ressalva de que o encerramento de Portalegre foi uma "opção da Santa Casa".
A Segurança Social está agora a "garantir que as crianças e jovens abrangidos por estas respostas têm outras respostas alternativas, é essa a missão", explicou a ministra antes de revelar que "vários deles já têm resposta assegurada".
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Ana Mendes Godinho esteve em Viseu na cerimónia de assinatura de 39 contratos de aceitação no âmbito do PARES 3.0., no valor global de investimento de 37 milhões de euros, dos quais 21 milhões de euros de investimento público. Este apoio vai permitir reforçar a oferta social no distrito de Viseu com 2482 lugares.