Para o autarca de Vinhais, o encerramento do tribunal local pode ser um «convite à violência e à impunidade» e um «nítido convite para que as pessoas não recorram aos tribunais».
Corpo do artigo
O presidente da câmara de Vinhais entende que a possibilidade de fecho do tribunal local poderá levar a população a querer fazer justiça pelas próprias mãos.
Américo Pereira diz que esta hipótese pode ser um «convite à violência e à impunidade», numa altura de «grande crise económica e dificuldades, onde o crime está a aumentar e estão a aparecer novas tipologias de crime, nomeadamente furtos em zonas rurais».
Ouvido pela TSF, este autarca classifica ainda esta possibilidade como a «desresponsabilização completa do Estado relativamente às suas obrigações».
O autarca Américo Pereira acrescenta que a distância de algumas aldeias do concelho para Bragança ultrapassa os 60 minutos de distância, o que irá inibir as pessoas de recorrerem aos tribunais.
«Para tratar de um determinado assunto e ter de levar 10 ou 15 testemunhas as vezes que forem precisas, pagar refeições e transportes, tudo isso é um nítido convite para que as pessoas não recorram aos tribunais», adiantou.
Esta é uma situação que, na opinião, do autarca de Vinhais acaba por permitir casos de «justiça pelas próprias mãos» numa vila que cada vez tem menos serviços disponíveis.