Fecho de urgências "vai piorar" em abril. Médicos dizem que problema é reter profissionais
O diretor-executivo do SNS admite, na TSF, que nos próximos meses vão continuar os constrangimentos nas urgências
Corpo do artigo
O mês de abril pode trazer ainda mais constrangimentos para as urgências do país devido aos vários feriados e da altura da Páscoa. O Diário de Notícias escreve, esta terça-feira, que a tendência é mesmo "para piorar". É um alerta dos Médicos em Luta.
Em declarações à TSF, uma das fundadoras do movimento, Helena Terleira, sublinha que o problema se deve à falta de capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para reter médicos.
"A maior parte dos hospitais, neste momento, está a cobrir os seus serviços de urgência à custa de prestadores de serviço", conta a representante, acrescentando que as regras a que estes profissionais estão sujeitos são distintas das dos médicos.
Normalmente só 30% dos médicos de um serviço podem estar em férias em simultâneo. Os colegas prestadores de serviços não têm esse tipo de vínculo, ou seja, podem ou colocar férias ou não fazer turnos se não quiserem.
Já o diretor-executivo do SNS admite também que nos próximos meses vão continuar os constrangimentos nas urgências. À TSF, Álvaro Almeida reconhece um problema de recursos humanos e, sem adiantar pormenores, revela que estão a ser tomadas medidas.
"São questões que estamos a analisar, temos consciência das restrições em termos de recursos humanos que o Serviço Nacional de Saúde enfrenta e estamos a tomar as medidas necessárias para passar essas restrições", diz.
Álvaro Almeida adianta ainda que o plano de verão para o SNS está quase concluído.