Federação renova apelo à dádiva de sangue devido ao frio e à gripe: "Hospitais precisam de mais de mil unidades todos os dias"

Foto: Miguel Marques/Global Imagens (arquivo)
Há tipos de sangue que estão mais em falta: "Temos graves situações do 0 negativo, 0 positivo e A negativo, o que nos preocupa imenso", refere, em declarações à TSF, Alberto Mota, presidente da Federação dos Dadores Benévolos de Sangue
A Federação dos Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) renova, esta terça-feira, o apelo à dádiva de sangue, na sequência do frio e das consequentes gripes e infeções respiratórias. Em declarações à TSF, o presidente da instituição, Alberto Mota, destaca que há tipos de sangue que estão mais em falta.
"Neste momento, temos graves situações do 0 negativo, 0 positivo e A negativo, o que nos preocupa imenso, nomeadamente, na região de Lisboa e Vale do Tejo", explica à TSF Alberto Mota, deixando um apelo "a todas as pessoas saudáveis e que possam fazer a sua dádiva".
"Que se dirigam nos próximos dias a algum serviço de colheita de sangue para fazer a sua dádiva, porque nós precisamos de cerca de mil a 1100 unidades de sangue todos os dias para os hospitais de Portugal", sublinha.
A FEPODABES lançou, há precisamente uma semana, uma campanha - "Neste Natal dê o seu melhor presente, dê sangue, dê vida!" - a pensar na época festiva. Nesta altura, as necessidades aumentaram, mas a disponibilidade de sangue diminuiu.
Os baixos valores são justificados com os problemas nas colheitas de sangue.
"Ao longo do ano, temos alertado para muitas situações. Tem havido muitos cancelamentos por falta de profissionais, nomeadamente do IPST", afirmou, há uma semana, também na TSF, Alberto Mota. No entanto, admitiu que a escassez é "resultado de não haver uma política certa e séria para a dádiva de sangue há muitos anos".