Foi inaugurado em Matosinhos o primeiro parque aquático da Europa adaptado a crianças com doenças crónicas. Situado no Kastelo, uma unidade de cuidados paliativos pediátricos, tem como objetivo ajudar na reabilitação.
Corpo do artigo
"Olha o Joaquim! Que felicidade! Ai que giro! Fantástico!". Joaquim brinca com um repuxo de água que cai em forma de cogumelo. Passa a cabeça pela fina parede líquida, abre os braços, flete as pernas, volta a esticá-las, está visivelmente feliz.
Isabel Bandeira está também feliz, por estes miúdos e pelo filho dela, Afonso: "Ele adora água. A água faz muito bem a estas crianças. Ajuda-as a ter a liberdade que não sentem de outra forma".
TSF\audio\2018\08\noticias\23\bb
Afonso tem uma citopatia mitocondrial com epilepsia associada. Tem quase 8 anos, está no Kastelo desde os 6, e a mãe acha que ele tem melhorado significativamente. "Relaciona-se mais com as pessoas. A nível intelectual, não fala, mas consegue expressar-se, consegue ser malandro, gozar com as pessoas à maneira dele", explica Isabel.
As terapias associadas ajudam a promover as melhorias na saúde e uma maior qualidade de vida das crianças desta unidade de cuidados continuados.
Teresa Fraga, a enfermeira responsável pelo Kastelo, destaca a importância deste espaço aquático: "Em primeiro lugar, é promover felicidade e igualdade em relação a outras crianças consideradas saudáveis, que podem frequentar qualquer espaço de lazer. Estas não, já estão limitadas".
https://www.facebook.com/1485083411729737/videos/2197146167236613/
Felicidade, relaxamento, estimulação sensorial. Três objetivos fundamentais desta equipa, que caça sorrisos. "Estes sorrisos são o euromilhões de quem cuida diariamente delas", sublinha Teresa Fraga.
Os sorrisos das crianças e também dos pais. Joana Vilela é a mãe de Rafael. "Faz-lhe muito bem a estimulação da água e o barulho. Ganha alegria, outro nível de consciência, nota-se que palra e parece que quer falar sobre a felicidade que está a sentir".
Todos os dias é uma nova etapa, garante Joana, "super emocionada".
Este projeto foi financiado pela sociedade civil, através do apoio de várias empresas e particulares.