O secretário-geral da Fenprof anunciou hoje a realização, a 26 de janeiro, de uma «grande manifestação nacional de professores», em protesto contra os cortes na Educação e em defesa da escola pública e dos direitos dos docentes.
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Mário Nogueira, que falava aos jornalistas após a reunião do secretariado nacional da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), exortou todos os professores e organizações sindicais e não sindicais a participarem na manifestação que terá lugar em Lisboa.
«Não podemos continuar sem dar expressão a esta indignação tremenda contra os cortes na educação» e sem exigir «respeito pelo setor, pela escola pública, pelos professores e alunos pela qualidade de ensino», vincou.
O dirigente adiantou que a estrutura sindical decidiu manter todas ações em tribunal que visam a reposição dos subsídios de férias e de Natal dos professores e que a Fenprof continuará a lutar para resolver a questão da vinculação dos docentes contratados.
De acordo com Mário Nogueira, já em finais deste mês, a Fenprof vai recorrer à justiça para «exigir a aplicação de uma diretiva comunitária» que diz que a vinculação dos docentes tem de seguir regras gerais que já se aplicam a outros trabalhadores que não são do Estado.
A Fenprof vai participar ainda numa recolha de assinaturas que está a ser promovida pela CGTP, contra o corte anunciado pelo Governo de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado, avançou Nogueira.
O sindicalista voltou a rejeitar, em absoluto, qualquer aumento do horário de trabalho dos docentes acusando o Ministério de ter apenas uma intenção: «Por na rua mais uns milhares de professores à custa da qualidade do ensino».
A FENPROF estima entre 10.000 a 15.000 os professores a dispensar, caso vá para a frente um aumento do horário de trabalho em cinco horas semanais.