A Fenprof deu hoje o prazo de uma semana ao ministro da Educação para marcar uma reunião com o sindicato, finda a qual vai ao ministério falar com Nuno Crato.
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«Vamos com tempo», disse o secretário-geral da Fenprof, explicando que não se trata de uma invasão mas apenas uma tentativa para discutir com o ministro assuntos que os professores consideram fundamentais.
Mário Nogueira falava em conferência de imprensa para apresentar as decisões de dois dias de uma reunião do secretariado nacional da estrutura.
É que, justificou, Nuno Crato é ministro da Educação «para discutir as praxes mas também outras coisas» e a Fenprof já pediu uma reunião para a qual não obteve resposta, pelo que insiste no pedido na segunda-feira e na próxima quinta vai ao Ministério, ou para se reunir ou para marcar uma data.
Também na próxima semana, segunda-feira, disse Mário Nogueira, uma delegação da fenprof vai entregar na Procuradoria-Geral da República uma queixa-crime contra o Ministério a propósito do financiamento do ensino privado, por haver instituições que são financiadas pelo Estado e cobram dinheiro aos pais por aquilo que «já estão a ser financiadas».
O secretariado, disse o responsável, fez um balanço preocupante da forma como vai o ensino em Portugal, com «um ataque tremendo à escola pública» e um ministro «sem soluções nem propostas», que se «esconde em matérias consensuais» e num discurso «um pouco patético».
A Fenprof insiste por isso em discutir com Nuno Crato questões como concursos intercalares de professores, aplicação de diretivas comunitárias, situações ligadas à carreira docente que se arrastam, a organização do próximo ano letivo e a resolução definitiva da prova geral de acesso, uma imposição do Governo que a Fenprof sempre recusou.