A Fenprof exigiu uma prorrogação do prazo para discussão da proposta de revisão curricular, afirmando que, até fim de janeiro, não há tempo para envolver os professores como seria necessário.
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Em conferência de imprensa após uma reunião do Secretariado Nacional da Fenprof, o secretário-geral, Mário Nogueira, afirmou que a organização vai escrever ao ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, a pedir a «atitude democrática» do alargamento do prazo para discussão até fim de fevereiro.
«Agora as pessoas estão nas avaliações, depois vem a semana de interrupção entre o Natal e o Ano Novo e em breve o prazo fica reduzido a 15 dias», argumentou.
Mário Nogueira afirmou que os professores querem «ir à luta» na discussão da revisão curricular, que à partida afirmam significar mais desemprego.
«Esta reforma está contaminada porque não tem liberdade para ser pensada tendo em conta o que precisamos. Parte de um memorando da troika com o Governo anterior e os partidos do Governo atual e aí é dito que se tem que cortar milhões na educação. Depois de um Orçamento de Estado que diz que em alterações curriculares, o Governo tem que cortar 102 milhões de euros», considerou.
«Isto só corresponde a uma coisa, professores e mais nada», afirmou a Fenprof, que estimou que com a proposta do Governo «mais de dez mil professores ficam desempregados».
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]