A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) anunciou um protesto para sexta-feira junto ao Ministério da Educação e Ciência, com a justificação de que a equipa do ministro «mentiu».
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«A FENPROF está em condições de afirmar que o Ministério da Educação e Ciência mentiu quando ontem [terça-feira] afirmou que não era da sua responsabilidade a confusão lançada no processo de colocação de professores, deixando por colocar os candidatos mais graduados que, por isso, estavam nos primeiros lugares da lista graduada», refere em comunicado divulgado esta quarta-feira.
A organização sindical adianta que «tem já em sua posse um conjunto de respostas das direcções das escolas que confirmam o que antes disse, levando a concluir ser da responsabilidade do Ministério da Educação e Ciência todas as confusões criadas neste concurso e que estão a prejudicar inúmeros docentes».
A Federação Nacional dos Professores, dirigida por Mário Nogueira, exige, por um lado, que «sejam corrigidas todas as ilegalidades, o que significa a publicitação de novas listas que tenham em conta as efectivas necessidades das escolas», e, por outro, que «sejam assumidas responsabilidades políticas por parte do Ministério perante o sucedido».
«Nessa responsabilização não pode ser passada uma esponja no facto de, na reunião realizada com a FENPROF, a 20 de Setembro, responsáveis da administração educativa terem faltado à verdade», acrescenta.
Com o objectivo de «protestar contra esta situação e exigir a correcção do problema criado», a FENPROF apela «aos professores e educadores lesados pela situação que compareçam na próxima sexta-feira, dia 23, pelas 15:00, junto ao Ministério da Educação e Ciência, nas suas instalações na Avenida 5 de Outubro», em Lisboa.
Entretanto, Mário Nogueira reforçou que hoje é claro para a FENPROF que «as escolas, em muitos casos, viram-se impedidas de poder carregar na aplicação informática um pedido de um professor para um horário anual».
«Apurámos que afinal a responsabilidade sempre está no Ministério da Educação», acrescentou, frisando que o protesto é contra estas «ilegalidades» e pela exigência da sua correcção.