"Férias escolares e tempo ameno" aumenta afluência nas praias. Autoridade Marítima regista 45 ocorrências e um desaparecimento

Apesar de o "mar ser de inverno", as temperaturas elevadas que se fizeram sentir esta terça-feira, aliadas ao período de férias escolares, levaram a um aumento da afluência nas praias portuguesas. Só esta terça-feira foram registadas 45 ocorrências e um desaparecimento junto à praia do Dragão Vermelho, na Costa da Caparica, revelou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).

Segundo a AMN, estas 45 ocorrências envolveram 50 pessoas em todo o país. 

A AMN informou que um jovem de 16 anos desapareceu ao final da tarde na Costa da Caparica, depois de ter “entrado em dificuldades na água”, na praia do Dragão Vermelho, tendo-se já iniciado buscas no local.

Em comunicado emitido ao final da tarde, a AMN referia que pelas 18h00 foi recebido um alerta a informar que três jovens estavam “em dificuldades na água” e, de imediato, foram “ativados para o local tripulantes da Estação Salva-vidas de Cascais”.

"À chegada ao local, constatou-se que um dos jovens saiu da água pelos próprios meios, tendo o outro sido resgatado pelos nadadores-salvadores do projeto ‘Praia Protegida’, da Câmara Municipal de Almada”, no distrito de Setúbal, lê-se na nota.

Ainda de acordo com a AMN, o jovem resgatado estava inconsciente e foi assistido pelos nadadores-salvadores, até à chegada dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, que o transportaram para uma unidade hospitalar.

“O terceiro jovem, acabou por desaparecer no mar, tendo sido de imediato iniciadas buscas no local”, acrescenta a AMN.

"Mar é de inverno, há um risco elevado": eis os cuidados a ter

A TSF falou com o comandante Ricardo Sá Granja da AMN sobre estas ocorrências, que explicou que a afluência às praias está ligada com as "férias escolas e com o tempo ameno". Ainda que possa ser apetitoso um banho de sol, o comandante deixa o alerta: "Nesta época do ano, ainda temos o mar de inverno, portanto há um risco elevado devido aos efeitos da agitação marítima. (...) Há zonas nas praias que não estão devidamente assinaladas."

"Só para dar um exemplo, foram resgatadas hoje sete pessoas em Leixões que foram para um agueiro, felizmente sem vítimas a registar", adianta

Ricardo Sá Granja lembra que a maioria das praias ainda "não se encontram vigiadas" e, por isso, a resposta também é "mais demorada quando há uma situação de socorro".

Para evitar desgraças, o comandante reforça os avisos à população e pede que esta adote "um comportamento adequado e responsável, não se colocando em situações de risco".

A AMN aconselha ainda para que não se aproximem da água ou caminhem na areia molhada, que as crianças sejam vigiadas permanentemente, mantendo-as sempre próximas de um adulto, que os utilizadores não virem as costas ao mar e mantenham sempre uma distância de segurança em relação à linha de água, evitando ser surpreendido por uma onda.