Apesar de considerar o aumento de 1% "sempre insuficiente", o líder da Fesap espera que seja só o começo e que, em breve, possa haver uma nova subida.
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O líder da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, confirmou a abertura do Governo para que o aumento de 1% dos salários da função pública seja retroativo a janeiro e adiantou que foi também discutida a revisão das tabelas de IRS para que os trabalhadores não saiam prejudicados.
"Nenhum trabalhador, pelo aumento de 1%, vai reter mais IRS do que aquele que retém agora, de forma a que não resulte daí nenhum prejuízo. Estamos a falar de aumentos que vão contemplar, com o subsídio de refeição, os 742 mil trabalhadores", garantiu José Abraão.
Apesar de considerar o aumento de 1% "sempre insuficiente", José Abraão espera que seja só o começo e que, em breve, possa haver uma nova subida tendo em conta "os bons resultados económicos".
"A questão do 1% diz respeito ao desvio na inflação. É valorizável este aumento acima daquilo que foi o diferencial entre a inflação esperada e aquilo que depois se verificou. Dissemos ao Governo que era insuficiente e esperamos que possa ir mais além considerando os bons resultados económicos que estão em cima da mesa. Há 180 mil trabalhadores que vão ter aumentos superiores a 100 euros com o que está em cima da mesa. Queremos mais? Claro que sim", afirmou o líder da Fesap.
Além disso, referiu também uma aceleração nas progressões da carreira de mais de 300 mil trabalhadores a partir de 2024, mas têm de ter pelo menos 18 anos de carreira.
"Vai haver novamente, a par do aumento salarial, uma valorização para 349 mil trabalhadores que vão ser contemplados com a possibilidade de aceleração nas carreiras", acrescentou.