Momento organizado em parceria com a associação InPulsar decorreu num edifício utilizado como refúgio até recentemente.
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Ainda na rua, Lisete Cordeiro, da associação InPulsar, explica pela primeira vez o que vai acontecer no imóvel desocupado que se destaca junto ao rio Lis.
Quinze pessoas inscreveram-se no Jantar Sem-Abrigo organizado pelo festival A Porta e a refeição é entregue pela associação InPulsar, como nas rondas que faz junto de quem vive na rua, em Leiria.
Lá dentro, não há mesa posta, cada um terá de desenrascar-se e encontrar a melhor maneira de levar a experiência até ao fim.
É terça-feira, 14 de junho, terceiro dia do festival A Porta, que decorre até 19 de Junho.
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Roupa estendida, colchões, objetos amontoados, Pedro David e Débora Antunes ficam a conhecer o interior do espaço utilizado ao longo de anos como refúgio.
Surpreendidos com o que encontram, admitem que é difícil imaginar alguém a viver em semelhantes condições durante anos.
Desde 2019, explica Lisete Cordeiro, a associação InPulsar tem conseguido mudar vidas, com soluções de habitação permanente.
Através do projeto Morada Certa, já retirou 15 pessoas das ruas.
Dois músicos brasileiros radicados em Leiria encerram o Jantar Sem-Abrigo, mas, nos próximos dias, o festival A Porta continuará a cruzar a cultura com a participação cívica.
Concertos em espaços abandonados e lojas históricas, artes plásticas e atividades para crianças vão ocupar a Rua Direita. O programa só termina no domingo com um piquenique no parque da cidade, conhecido como parque do avião.
Club Makumba, Titica e Sean Riley & The Slowriders são os cabeças-de-cartaz no fim de semana.