Festival de Cannes: portugueses entre os tubarões do costume
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O que esperar desta edição 73 do maior festival do mundo? Muitas vezes demasiada expectativa, desilusão maior, mas na teoria este festival de Cannes tem trunfos fortes, de Almodóvar a Kitano, de Wes Anderson a Nanni Moretti.
Para já, curiosidade para perceber como Maiwenn aborda o filme de época em Jeanne du Barry, o filme de abertura. A masculinidade tóxica de um rei como legado de um povo? Não se sabe, mas Johnny Depp tem o seu regresso com pompa e circunstância. De cancelado a consagrado pode ir um passo.
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Mas de Cannes importa estar atento também ao cinema português. Sinto que um filme como Légua, de Filipa Reis e Miller Guerra, pode ser um dos casos da Quinzena dos Realizadores. A confirmação de uma dupla de cineastas que filma uma essência feminina no ponto. Mas no Un Certain Regard, toda a atenção também para A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora, coprodução luso-brasileira que ressalva o espírito de resiliência dos índios Krahô.
Depois, claro, todos os olhos para a curta de Pedro Costa, As Filhas do Fogo, em seleção oficial fora de competição e com honras de passagem na mesma sessão de Droles de Guerre, de Jean Luc Godard.
E voilá, na semana da crítica, temos uma pequena pérola chamada Corpos Cintilantes, de Inês Teixeira, olhar sobre uma certa adolescência portuguesa. Outra curta-metragem para sustentar este momento de ouro do cinema português.
Trailer - Shimmering Bodies (Corpos Cintilantes) - english subtitles from TERRATREME FILMES on Vimeo.
