Festival de Veneza: Dali somos todos!
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Está tudo deliciado em Veneza com o filme que coloca seis atores a fazer de Dali. Chama-se Daaaaaali! E passou fora-de-competição quando deveria estar a competir. Uma excentricidade de Quentin Dupieux sobre a personalidade de Salvador Dali. Um exercício de comédia sobre uma entrevista que se torna num filme que se torna num sonho infindável. Dupieux que na vida irreal e real é também o músico Mr. Oizo reflete sobre o gozo que é estender o tempo e a sua forma no cinema. Literalmente, é um filme que anda de lado e para trás no tempo. Ziguezagues existenciais que ficam bem com o surrealismo de Dali. Porque Dali somos todos.
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E entretanto desfeitas as dúvidas. O cineasta de Io Capitano, o aclamado, Matteo Garrone, acabou por confessar que a camisola da seleção portuguesa aparece no protagonista por acaso. Mero acaso...
Com o Lido a dar as últimas, nos corredores da sala Casino fala-se de quem troca esta Mostra pelo Tiff de Toronto, festival que já teve melhores dias mas que ainda assim pode ter roubado a Veneza alguns pesos-pesados como os novos de Alexander Payne, Myazaki e Taika Waititi. Um fim de semana onde os dois grandes festivais coincidem.
Esta sexta-feira é dia de Jessica Chastain em Memory, de Michel Franco. Uma das poucas estrelas que fez questão de vir ao Lido, apesar de - qual diva - não dar entrevistas.
