Festival de Veneza: Não há Zendaya? Há um Favino troppo italiano
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As más línguas vão dizer que é nacionalista, mas Comandante, que substituiu à última da hora Challengers, com Zendaya, está em todos os degraus mais perto de ser italiano até à medula. Edoardo de Angelis fez um filme patriota, não o assassinem, a história de um comandante (Pierfrancesco Favino), de um submarino que salvou a vida a dezenas de soldados inimigos e os levou até à costa açoriana num submarino onde se celebra e descreve a diversidade da Itália como país de contrastes. Uma abertura bem digna de um festival que tem um peso forte na sociedade italiana, basta lembrar quando a publicação católica L'osservatore romano, do Vaticano, pediu a cabeça do diretor da Mostra pelo caráter obsceno de O Fantasma, de João Pedro Rodrigues. Estávamos no ano 2000 e agora Barbera, o diretor, continua como manda-chuva em segundas núpcias, e Rodrigues é o presidente do júri da secção Giunarte deggli Autori. Os escândalos nestes dias são outros.
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Do Chile com patrocínio da Netflix O Conde, de Pablo Larraín, uma fábula cómica de terror que imagina Pinochet como vampiro imortal. Um ditador que não morreu e que está triste com a maneira como chilenos o tratam. Dir-se-ia que a premissa é bem melhor do que o resultado final, para ser conferido globalmente em streaming já no próximo dia 15.
