Festival de Veneza: o capitão de Matteo Garrone está fora de jogo!
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Entrando na reta final da Mostra da Bienalle aqui no Lido já se começam a fazer apostas quanto a favoritos. Talvez sensato acreditar que Carey Mulligan em Maestro seja a grande favorita na Taça Volpi de melhor atriz e que o Leão de Ouro possa estar entre os novos de Ryûseke Hamagushi e Yorgos Lanthimos, sem esquecer o caso Green Borders, de Agnieska Holland, mas não há dúvidas que é consensual que está a ser uma competição fortíssima.
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Ainda assim, um dos acreditados, Carlo Chastrian, atual diretor da Berlinale é notícia, primeiro por ter anunciado a sua renúncia ao cargo durante estes dias e ontem por um grupo de cineastas internacionais, onde estão Scorsese e Shyamalan, ter assinado um pedido aos organismos oficiais de Berlim para este continuar. Cada vez mais, programar um festival é um ato político, que o diga Alberto Barbera, homem forte de Veneza, que este ano teve de escolher Io Capitano, de Matteo Garrone, filme de qualidade duvidosa mas com tema. O tema dos migrantes africanos e as suas tragédias nas viagens para Itália. Filme de solidariedade que manipula. Parece um espetáculo de sofrimento que mostra o que deveria encenar. Mas é fácil aderir à simpatia da personagem do menino Seydou Sarr, ainda para mais quando a dada altura veste a camisa da seleção portuguesa de futebol.
