Festival de Veneza: palmarés utopicamente ideal
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E se um palmarés fosse a la carte? Hoje saberemos o que o júri comandado por Damien Chazalle decide. Mas se o gosto cinéfilo aqui do crítico mandasse, o Leão de Ouro seria para Maestro, de Bradley Cooper. Poderia ser um Leão justíssimo, mas há rumores que o filme de Cooper apenas possa servir para o prémio de melhor interpretação: ou seja, para o próprio Cooper, como Leornard Bernstein ou Carey Mulligan, a fazer de musa e esposa.
O grande prémio porque não para Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos? O tal filme que em Veneza ganhou embalagem para a temporada dos prémios. Dificilmente não deverá escapar mesmo ao palmarés.
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Na realização, a lógica pede para rezar por Michael Mann, o americano que filmou Ferrari, o filme mais elegante e engalanado do festival. Um cineasta a continuar a ser experimental no meio do classicismo...
Para a Copa Volpi de atriz, que tal a americana Emma Stone em Pobres Criaturas? Mas respeitando a regra de não repetição de filmes na premiação, proponho a maravilhosa Alba Rohrwacher em Hors-Saison, outro dos grandes filmes da edição.
Sobra a taça para o ator e aí há Guillaume Canet- Hors Saison. Dobradinha do mesmo filme nas interpretações, tal como aconteceu com Adam Driver e Alba Rohrwacher em Corações Inquietos, de Saverio Costanzo, em 2014...
