Festival de Veneza: The Killer e The Caine Mutiny Court-Martial, a boa saúde do cinema americano
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Será que The Killer, de David Fincher, é um greatest hits dos Smiths? Sim, mas qual o problema? O realizador de O Estranho Caso de Benjamin Button volta aos thrillers e é aclamado em Veneza com um filme sobre a vingança de um assassino contratado, neste caso Michael Fassbender que tem como rival uma Tilda Swinton gourmet. Um thriller existencialista à beira de um ataque de coolness como há muito não acontecia no cinema americano mainstream. Não será filme para palmarés, mas é mais um triunfo da Netflix neste festival que ainda tem uma semana à frente com obras de Sofia Coppola, Michel Franco ou Woody Allen.
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No final da noite de domingo, Joaquim de Almeida, um dos sobreviventes de The Palace, de Roman Polanski, contava-me que há um clima de festa na equipa do filme aqui presente. Não é todos os dias que se leva a um grande festival uma obra feita por um mestre de 90 anos. Pena somente ser o seu pior filme.
Mas Veneza 2023 ficará sempre marcada pelo poder da palavra de The Caine Mutiny Court-Martial, do recém-falecido William Friedkin, remake de Os Revoltados do Caine, um filme de tribunal de uma audácia espantosa.
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