Festival do Crato "como se fosse a primeira vez"
Dois palcos, 50 artesãos, 20 tasquinhas, e muita música para todos os gostos e idades. Este ano o festival regressa com DJs que actuam antes e depois dos concertos da noite, prometendo cinco dias de muita animação. O presidente da autarquia, Joaquim Diogo, espera que todos os festivaleiros saiam de "coração cheio". Os alojamentos esgotaram na região e à mesa não faltam os petiscos e os doces mais tradicionais do Alentejo. Venha de lá esse Tecolameco.
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A vila volta a encher-se de música e de tradição: "É um misto de muita experiência que temos com uma sensação de que é a primeira vez que estamos a organizar o festival", confessa o presidente da Câmara do Crato, anunciando na TSF o cardápio dum festival que volta entrar no roteiro do Verão, após a paragem forçada pela pandemia. Este ano, a par com a Feira de Artesanato e de Gastronomia, que celebra a edição 36, o palco principal acolhe artistas nacionais e internacionais, numa geografia de sons para todos os gostos e idades. "É um festival dos 8 aos 80", refere Joaquim Diogo, na véspera da abertura do evento que em 2019 "bateu todos os recordes com 100 mil visitantes".
Não é sonho nenhum ver Dino d'Santiago ou Gabriel o Pensador que convida Carlão, ou ainda Miguel Araújo com Ana Bacalhau, António Zambujo e César Mourão, ou ainda Matias Damásio, Bárbara Tinoco, os Amor Electro, e ainda a britânica Jessie J e a banda escocesa The Jesus and Mary Chain.
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O palco principal não abafa os sons mais tradicionais que dentro do recinto da feira embalam o trabalho dos artesãos - são 50 e 30 vão mostrar a arte do seu ofício ao vivo -, soltando as Vozes da Terra e raízes de outros sons que vão do fado aos ranchos e às filarmónicas. As tasquinhas são outra das atrações do festival, e é aqui que falamos do Tecolameco: "É um doce que sugiro sempre para o final duma refeição com o melhor que temos aqui no Alentejo. Seja o borrego, os enchidos ou uma sopa de abade, o Tecolameco, feito de ovos, amêndoas e açúcar, é uma delícia do Crato."
Há muito por onde gastar as calorias, seja nas piscinas municipais ou no parque aquático durante o dia, seja a visitar os lugares com história da região, seja a palmilhar o recinto da feira, com entrada gratuita e sempre a partir das 17h00, e já cá fora, no palco principal, a partir das 21h00 ,os DJs começam a animar os festivaleiros para os concertos da noite. Before e After Hours, há duplas como os israelitas Vini Vinci, ou o alentejano DJ Matcho.
O retorno financeiro também é música para os ouvidos do presidente da autarquia: "Depois de termos batido todos os recordes de assistência em 2019, com 100 mil pessoas, esperamos alcançar esta fasquia, ou talvez superar no recinto da Feira."
Joaquim Diogo lembra que a opção por receber o festival no coração da vila limita o número de visitantes, mas essa é uma escolha assumida "para que todas as pessoas possam circular com segurança, conforto e à vontade".
Os protocolos com a CP e com a Rodoviária, permitem aos visitantes do distrito de Portalegre poderem deslocar-se sem levar o carro para o local. E durante cinco dias, a fazer fé nas palavras do autarca, "a capital do país é o Crato, de 23 a 27 de Agosto, estamos aqui para vos receber". Pode consultar aqui o cartaz.
O passe de cinco dias para o festival custa 55 euros. O valor aumenta para 70 euros, caso inclua campismo. Os bilhetes diários para os três primeiros dias do festival custam 15 euros, e para os dois últimos dias, 20 euros. As crianças até aos 11 anos têm entrada livre.
