Tempo extremamente quente e seco, em pleno inverno, agravou seca.
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O mês de fevereiro de 2020, em Portugal continental, foi o mais quente desde que existem registos históricos, ou seja, desde 1931, há quase noventa anos, e a seca alastrou-se a mais de metade do território.
A temperatura média ficou 2,45 graus acima do normal para a época, num valor considerado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) como "muito superior ao normal".
O boletim climatológico de fevereiro de 2020 também revela uma temperatura máxima do ar de 17,89 graus, de novo "o valor mais alto desde 1931", numa "anomalia" de mais 3,51 graus face ao habitual.
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Do outro lado, a temperatura mínima do ar, 6,96 graus, também foi superior ao normal (+1,39 °C), sendo o 10º valor mais alto desde 1931 e o 2º mais alto desde 2000.
Extremamente quente e seco
Em resumo, os meteorologistas classificam o último fevereiro "como extremamente quente e extremamente seco".
O IPMA destaca especialmente os períodos de 2 a 3 e de 21 a 24 de fevereiro com valores médios diários superiores a 20 graus.
A temperatura média diária em fevereiro ficou sempre acima do valor médio mensal, exceto dia 18.
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Nos dias 23 e 24 foram ultrapassados os maiores valores da temperatura máxima do ar para o mês de fevereiro em cerca de 40% das estações meteorológicas do IPMA.
Seca afeta 52,6% do país
A chuva também foi pouca e fevereiro de 2020 foi o 5º mais seco desde 1931, tendo chovido apenas 17% do valor normal.
Um cenário que todo conjugado fez com que o mês fechasse com um agravamento da seca que já atinge mais de metade do país: 52,6%, afetando parte dos distritos de Leiria e de Castelo Branco; e a totalidade dos distritos de Santarém, Lisboa, Portalegre, Évora, Setúbal, Beja, e Faro, sendo mais grave à medida que se avança para Sul.
Cerca de 11% do país está em seca fraca, 15,1% em seca moderada, 19,2% em seca severa e 7,3% em seca extrema.
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