Fim de semana é de calor, mas no mar é preciso cuidado. O que fazer em caso de picada?
Durante a última semana, foram avistadas alforrecas e caravelas-portuguesas nas praias de Cascais e Costa da Caparica.
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Avizinha-se um fim de semana de calor em território português e, por isso, muitos serão os que vão fazer da praia o seu destino. Há, no entanto, um fator que vai obrigar os banhistas a redobrarem a atenção: foram avistadas, durante esta semana, caravelas-portuguesas em praias da zona de Cascais e da Costa da Caparica.
À TSF, o Capitão Fernando Pereira da Fonseca, da Marinha Portuguesa, explica que os nadadores-salvadores estão preparados para lidar com estes animais.
"No caso da área de Cascais, quando estes animais aparecem é içada bandeira vermelha e os nadadores-salvadores verificam se há mais animais visíveis na zona. Logo que possível, vão arrear essa bandeira e, reunidas as condições de segurança, voltam a içar a bandeira amarela ou verde. Agora, nas praias que não estão vigiadas, como na Costa da Caparica, as pessoas têm de ter algum cuidado",nota.
A época balnear abriu, de forma excecional, a 1 de maio em Cascais, onde já há nadadores-salvadores. No resto do país, "a maioria das praias não tem vigilância" pelo menos até 15 de maio, data em que a época balnear se estende ao resto do país.
"As pessoas que se dirijam às praias devem ter em atenção a forte possibilidade das praias não terem nadadores-salvadores. Como tal, devem ter especial cuidado no usufruto da praia e evitar comportamentos de risco. Nesta fase, as praias ainda não têm a morfologia normal que se encontra no verão: facilmente se encontram fundões ou declives mais acentuados. As crianças têm de estar permanentemente vigiadas por um adulto", relembra o capitão.
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Se, ainda assim, quiser arriscar ir a banhos e tiver o azar de encontrar uma alforreca ou caravela-portuguesa, fique a saber o que deve fazer para minimizar as consequências negativas desse encontro.
Estes animais "têm tentáculos que vão injetar veneno em pequena quantidade e que, na maioria das pessoas, vai dar numa forte dor, ardor e também uma sensação de queimadura. As pessoas em contacto com estes animais devem evitar esfregar ou coçar a zona atingida, não devem usar água doce, álcool ou outro tipo de desinfetante, não devem colocar ligaduras e devem tratar com soro fisiológico. Também, com algum cuidado, devem tentar retirar os tentáculos que possam ficar agarrados à pele, usando luvas ou uma pinça. Não devem tocar com as mãos nos tentáculos. Eventualmente, pode aplicar-se também uma pomada própria para queimaduras e, se necessário, procurar assistência médica com a brevidade possível".
De acordo com Pereira da Fonseca, a Autoridade Marítima está a acompanhar a evolução da situação e, caso se confirme o risco acrescido de aumento da presença destes organismos, poderá emitir ainda hoje um aviso para as zonas afetadas.
As previsões meteorológicas apontam para um forte aumento da temperatura até segunda-feira no continente, podendo no domingo ser superior a 30 graus e chegar mesmo a máximos entre os 35 e os 37 graus no Vale do Tejo e Alentejo, informou o IPMA.