Maria Flor Pedroso garante que falta de meios não acontece apenas no "Sexta às 9"
O programa de investigação da estação pública esteve "suspenso" durante o período eleitoral. A diretora de informação da RTP foi ouvida na Assembleia da República sobre a polémica.
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A diretora de informação da RTP afirmou esta terça-feira, em Lisboa, que a escassez de meios, "infelizmente", não é apenas um problema do "Sexta às 9", avançando que recentemente foi homologada pelo Governo a entrada de 50 precários da estação.
"A escassez de meios não é só, e infelizmente, um problema deste programa. A RTP África, [por exemplo], tem programas diários de atualidade e programas semanais que são feitos por uma pequeníssima equipa, que precisa de um enorme reforço", assegurou Maria Flor Pedroso, numa audição parlamentar da comissão de Cultura e Comunicação, acrescentando que esta é uma realidade de outras equipas e canais.
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Segundo esta responsável, a equipa do "Sexta às 9" já teve a cargo, além deste, o formato "Sexta às 11", que foi cancelado, numa decisão anterior à entrada da atual direção de informação.
"Desde que estou nesta condição [...], o programa sempre teve cinco pessoas. Volto a lembrar que, quando cheguei, havia 210 elementos de toda a estrutura da RTP que eram precários", no entanto, pouco depois, foram integrados 130 trabalhadores e, recentemente, "foi homologada pelo Ministério das Finanças a entrada de 50 [precários]", quatro desses da direção da informação da RTP, onde se inclui um trabalhador que fez parte da equipa do "Sexta às 9".
Já sobre a experiência dos jornalistas que integram a equipa do formato coordenado por Sandra Felgueiras, a diretora de informação da RTP notou que dois são mais novos, porém "estão a ser acompanhados e já não são estagiários", referindo ainda que a questão da precariedade é por si muito valorizada, uma vez que já foi dirigente sindical e pertenceu ao conselho deontológico do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
Maria Flor Pedroso alertou ainda para que a estação tem vindo a perder profissionais ao longo dos anos e apelou aos deputados para que invertam esta realidade.
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Segundo a coordenadora do "Sexta às 9", Sandra Felgueiras, após a chegada de Cândida Pinto à estação pública, teve mais uma reunião com a Direção de Informação, na qual lhe foi comunicado um prazo de dois meses para o reforço da equipa, o que não aconteceu.