A FNAM indicou que a adesão a esta greve foi de 90 por cento ou mais. No Centro Hospitalar do Porto, a adesão foi elevada, confirmou o presidente do Conselho de Administração.
Corpo do artigo
A Federação Nacional dos Médicos avançou com uma adesão ao primeiro da greve dos clínicos de 90 por cento ou mais, uma vez que a maior parte dos serviços esteve parada esta quarta-feira.
No Hospital de São José, Pilar Vicente, dirigente da FNAM, adiantou que em Faro a adesão superou os 95 por cento e que em Évora 119 dos 153 médicos aderiram a esta paralisação.
Ainda de acordo com esta dirigente da FNAM, a adesão foi forte em Beja e Portalegre, cenário que se repetiu em Setúbal, Almada e Amadora.
Pilar Vicente explicou também que no Centro Hospitalar de Lisboa, que inclui o Hospital de José, «alguns serviços tiveram uma adesão de cem por cento e estão apenas a cumprir os serviços mínimos».
Esta dirigente da FNAM indicou ainda que a adesão à greve foi igualmente forte noutros hospitais da capital e que em Cascais os «blocos operatórios pararam completamente».
Pilar Vicente adiantou ainda que esteve nas urgências do Hospital de São José e referiu que os médicos «estão lá por obrigação» e que depois do seu turno «vão para a manifestação».
A forte adesão à greve dos médicos desta quarta-feira foi confirmada pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto, que admitiu que a adesão a esta paralisação foi elevada.
Em declarações à TSF, Solari Allegro indicou que apenas 27 dos 89 consultórios deste centro hospitalar funcionaram, ao passo que as cirurgias preparadas e as de ambulatório pararam completamente.
Este responsável, que confirmou uma paragem total do Hospital Joaquim Urbano, que faz parte deste centro hospitalar, explicou que as consultas que não foram feitas terão de ser remarcadas nas próximas duas semanas.
Solari Allegro adiantou ainda que os serviços mínimos estão todos a funcionar, incluindo os «colegas dos cuidados intensivos que estão a assegurar os serviços e a ver os doentes».
Contactado pela TSF, o gabinete do ministro da Saúde indicou que não fará qualquer balanço ou estimativa de adesão em relação a esta paralisação.