FNAM avisa que falta de respostas do Governo "vai piorar muito" situação no SNS, enfermeiros continuam à espera de propostas
Médicos e enfermeiros estão, esta quarta-feira, no segundo e último dia de greve
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A coordenadora da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) avisa a ministra da Saúde que a situação no SNS vai piorar muito. Em declarações à TSF, Joana Bordalo e Sá diz que espera uma grande adesão neste segundo e último dia de greve dos médicos e deixa ainda o alerta a Ana Paula Martins: “A ministra da Saúde pode contar com uma coisa: a situação vai piorar muito e os profissionais de saúde estão unidos e exigimos acima de tudo políticas sérias, que atraiam recursos humanos – não apenas os médicos – ao Serviço Nacional de Saúde, e que sem salários justos e sem condições de trabalho dignas, o SNS não vai conseguir fixar os seus profissionais."
Já o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), também no seu segundo e último dia de greve, refere que continua à espera de propostas do Governo. A porta-voz, Fátima Monteiro, lamenta que os enfermeiros se encontrem numa situação em que a sua carreira não é valorizada, depois desta classe ter sido louvada durante a pandemia.
“É importante reforçar o SNS, este reforço só passa com a valorização das carreiras”, defende Fátima Monteiro. “Os enfermeiros foram muito aplaudidos durante a pandemia e têm sido esquecidos por aqueles que governam o nosso país e têm a pasta do ministério da saúde. Portanto, o SEP não foi convocado para a reunião, continuamos à espera da proposta de carreira a ser apresentada pelo ministério e que essa proposta de uma vez por todas reflita o valor económico que os enfermeiros têm no Serviço Nacional de Saúde”, sublinha.
O SEP não integra a plataforma de cinco sindicatos que chegou na segunda-feira a um acordo com o Governo, que prevê um aumento salarial de cerca de 20% até 2027.
