FNAM não comenta desafio do SIM e quer "analisar com calma" proposta do Ministério da Saúde
O Sindicato Independente dos Médicos marcou uma greve de três dias no final de julho e desafiou a Federação Nacional dos Médicos a juntar-se.
Corpo do artigo
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) não quis comentar o desafio do Sindicato Independente dos Médicos para se juntar à greve de três dias marcada para julho e afirma que a proposta apresentada pelo Ministério da Saúde é complexa e precisa de ser analisada.
"Foi apresentada uma proposta que é uma valorização salarial. Há um aumento da remuneração base, mas a questão é que a grande fatia desse aumento seria com base em incentivos e em desempenho, mas que é uma coisa que nós ainda vamos ter de analisar. É um documento, apesar de bastante escasso e com pontos muito gerais, que temos de analisar com calma para perceber concretamente o que nos estão a propor", disse Joana Bordalo e Sá à TSF, após uma reunião no Ministério da Saúde.
TSF\audio\2023\06\noticias\30\joana_bordalo_e_sa_1_proposta
A presidente da FNAM diz que o justo seria um aumento salarial de pelo menos 30%, mas acrescenta que a proposta do Governo não se tem aproximado deste valor.
Mas há outras coisas igualmente importantes: "Manter um horário de 40 horas para os médicos que é algo a Federação Nacional dos Médicos entende que não é justo, uma vez que nós deveríamos as 35 horas como qualquer profissional de saúde na administração, no sentido de podermos conciliar a nossa vida profissional com a vida pessoal e familiar. Entendemos que essa medida ia trazer mais médicos ao Serviço Nacional de Saúde."
A Federação Nacional dos Médicos vai reunir-se este sábado para discutir as propostas, mas, para já, mantém a greve agendada para a próxima quarta e quinta-feira. Não descarta, no entanto, fazer mais paralisações, mas só para agosto. O ministério da saúde vai também reunir-se com a FNAM, em dois encontros: o primeiro na próxima sexta-feira e o segundo no dia 11 do próximo mês.