A Federação Nacional da Educação (FNE) acusou o Governo de apresentar números «inconsistentes» da greve geral, sublinhando que a adesão no sector educacional está a ser «fortíssima».
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«A FNE considera que os valores da adesão à greve geral não está inferior à no ano passado, que se situou numa contagem a rondar os 83 por cento», disse à Lusa a vice-secretária geral daquela federação, Lucinda Dâmaso, adiantando que a paralisação de hoje demonstra bem o «desagrado» dos professores às políticas do Governo.
A taxa de adesão à greve geral na Administração Pública era de apenas 3,6 por cento às 11:30 horas segundo dados divulgados pelo Governo.
A FNE afirma que os números são «bem diferentes dos apresentados pelo Governo» e acrescenta que a «contagem apresentada hoje pela DGAEP sobre os números de adesão à greve geral não têm consistência», lê-se num comunicado de imprensa enviado à comunicação social.
«Até ao final da manhã registamos um fortíssimo nível de adesão à greve, que se traduziu em centenas de escolas encerradas e uma adesão em massa de professores, técnicos superiores, assistentes técnicos, assistentes operacionais e educadores», reitera a FNE, referindo que essa realidade que foi testemunhada por diversas famílias que «encontraram encerradas as portas de centenas de escolas de diversos pontos do país».
A FNE acrescenta que o «forte impacto desta greve» também se registou ao nível do Ensino Superior.