João Dias da Silva reforça a necessidade de proteger a saúde pública ao mesmo tempo que se permite o regresso das atividades letivas.
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A Federação Nacional da Educação espera que as medidas anunciadas esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, sejam suficientes para retomar o ensino presencial daqui a 15 dias. Em declarações à TSF, o líder da FNE, João Dias da Silva, sublinhou também que é necessário continuar a ouvir os especialistas para perceber quais os riscos na transmissão do vírus que podem ser associados às escolas.
António Costa anunciou, esta quinta-feira, que as atividades letivas vão estar suspensas durante os próximos 15 dias, embora tenha reforçado que as escolas "não foram nem são o principal local de transmissão do vírus".
A medida entra em vigor já esta sexta-feira, pelo que a FNE, nota João Dias da Silva, espera que seja "possível, daqui a 15 dias, que as atividades letivas presenciais possam ser retomadas".
Ainda assim, e apesar desse desejo, a FNE realça continuar a acreditar "naquilo que é a opinião dos especialistas" e, por isso, fica "à espera que essa opinião permita retomar as atividades letivas presenciais".
Se o regresso às aulas presenciais não for possível, João Dias da Silva sublinha que vai ser preciso "encontrar novas soluções para que se preserve, fundamentalmente, a saúde pública", uma realidade com que a FNE diz estar preocupada e à qual se juntam "as perdas nas aprendizagens".
"Não sendo as escolas um elemento de foco para a disseminação do vírus, há tudo o que antecede e o que sucede a escola e que nos preocupa", assinalou também à TSF, pedindo aos epidemiologistas que se pronunciem sobre os riscos corridos "antes e depois da escola".