Cerca de 25% da mancha florestal de pinheiro bravo ardida situa-se em terrenos públicos.
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O incêndio que eclodiu em Oleiros, Castelo Branco, no final de julho, destruiu mais de seis mil hectares de floresta, 2900 dos quais de pinheiro bravo, revelam dados do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
Segundo o relatório do incêndio, disponível na página de internet do ICNF e a que a agência Lusa teve hoje acesso, o alerta para as chamas que eclodiram em Sardeiras de Baixo foi dado por um posto de vigia às 15h31 do dia 25 de julho e o fogo entrou em resolução dois dias mais tarde, já depois de se ter estendido a Proença-a-Nova e Sertã, sendo dado como extinto na manhã de 29 de julho.
O documento assinala terem sido destruídos cerca de 2900 hectares de pinheiro bravo, quase metade da área total ardida, superior a seis mil hectares. Cerca de 25% da mancha florestal de pinheiro bravo ardida situa-se em terrenos públicos.
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Já a área ardida de eucalipto no mesmo incêndio aproxima-se dos 1500 hectares, 110 dos quais em terrenos do Estado, enquanto a área de mato e terrenos incultos que foram pasto de chamas ultrapassou os 1370 hectares.
No mesmo incêndio, um dos maiores do ano, o ICNF registou ainda, entre outros dados, a devastação pelo fogo de mais de 220 hectares de áreas agrícolas, pouco mais de cinco hectares de sobreiros e 1,4 hectares de terrenos localizados em espaço urbano.
Outro incêndio de grande dimensão na região Centro, este no início de agosto, em Bogas de Baixo, concelho do Fundão, também no distrito de Castelo Branco, queimou cerca de 600 hectares de pinheiro bravo e 130 de eucalipto.
As chamas, cujo alerta surgiu igualmente a partir de um posto de vigia, eclodiram na tarde do dia 06 e foram declaradas extintas mais de 48 horas depois, na noite do dia 08.