Fogo em Chaves com "progressão frenética": autarca fala em "dezenas de habitações em risco" e até quatro mil hectares ardidos
Em declarações à TSF, Nuno Vaz adianta que este fogo, com "muitas frentes ativas", tem "inspirado muitíssimas preocupações"
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O presidente da Câmara de Chaves relata que as chamas lavram "com muita intensidade" no concelho, estando "muitas dezenas" de habitações em risco. Em declarações à TSF, Nuno Vaz adianta que já arderam entre três a quatro mil hectares.
O autarca conta que o incêndio, que teve origem em Espanha, e atinge agora o município de Montalegre, tem tido uma "progressão muito frenética", sobretudo devido ao "vento forte" que se faz sentir na região.
Em comparação com um incêndio que tem três anos, num espaço de sete/oito horas, ele [o incêndio] consumiu uma área que há três anos demorou cerca de cinco ou seis dias a ser consumida.
O fogo continua com "muitas frentes ativas", sendo que o presidente da Câmara Municipal de Chaves estima que as chamas já tenham consumido "entre três a quatro mil hectares".
Nuno Vaz adianta que "muitas dezenas de habitações" estiveram mesmo em risco devido às chamas, que estiveram próximas de várias aldeias. Inclusivamente, em Agrela, um lar de idosos ficou ameaçado pelas chamas, tendo sido ponderada a evacuação do espaço, que acabou por não ser necessária.
"Tem sido um incêndio que nos tem inspirado muitíssimas preocupações. Se o combate durante o período da tarde tem sido feito de forma mais musculada, com meios aéreos com mais capacidade, os operacionais no terreno tinham tido outra capacidade", assinala.
O presidente da câmara considera que os meios no terreno têm sido "manifestamente insuficientes", porque aqueles que foram alocados revelaram-se ineficazes no combate.
"A minha expectativa é que durante o dia de amanhã haja um reforço de meios com maior capacidade para que possamos conter este incêndio que ameaça muitas habitações", reforça.
O incêndio, diz, ainda lavra, por volta das 23h00, com "muita intensidade", já que, ao "contrário do que era expectável", a velocidade do vento "não diminuiu".
A esperança agora é que este possa abrandar nas próximas horas, a par de um aumento esperado da humidade. "Isso ajuda a que a cadência e a intensidade do incêndio também caia e permita fazer algumas intervenções, particularmente fazendo a limitação do incêndio com máquinas de rasto".
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), para esta ocorrência que teve início, em território nacional, às 10h25 de segunda-feira, em Vilar de Perdizes (Montalegre), estavam mobilizados, pelas 23h30, 376 operacionais e 121 veículos.