Entrou no autocarro, sentou-se num lugar vago e recusou-se a cedê-lo quando um cidadão branco se quis sentar. Foi há 60 anos que a coragem de Rosa Parks serviu de rastilho para que os Direitos Civis chegassem a todos nos Estados Unidos.
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Foi no estado sulista do Alabama, um estado conservador onde o racismo se fazia sentir no quotidiano de todos os cidadãos de cor. Não havia autocarros para negros e brancos, mas praticava-se a segregação. Brancos para um lado, "colored" para o outro.
Rosa Parks teve a coragem de sentar num lugar para brancos e com isso "mudou a América" escreveu Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos numa mensagem que deixou no site da Casa Branca.
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No texto, Obama lembra que "Rosa Parks não foi eleita para qualquer cargo. Não nasceu rica ou com poder. Mesmo assim, faz hoje sessenta anos, Rosa Parks mudou a América".
"Recusando-se a ceder um lugar num autocarro segregado foi o mais simples dos gestos, mas a sua graça, dignidade e recusa em tolerar injustiças serviu de faísca para o Movimento de Direitos Civis que se alastrou pela América" escreveu ainda o Presidente.
Obama recorda que "poucos dias depois da detenção de Rosa Parks em Montgomery, no Alabama, um, na altura ainda desconhecido, pregador de 26 anos chamado Martin Luther King Jr. pôs-se a seu lado, bem como milhares de cidadãos. Juntos começaram um boicote. Trezentos e oitenta e cinco dias depois, os autocarros de Montgomery deixaram de ser segregados".
"Rosa Parks já não está entre nós. Mas o seu ativismo - e o seu momento singular de coragem - continua a inspirar-nos hoje" afirma o Presidente norte-americano.