Advogada oficiosa do processo fala de "disparates que uma pessoa não está à espera que aconteçam".
Corpo do artigo
O caso da caixa de papelão que foi deixada fora de um contentor de reciclagem e chegou ao Tribunal de Cascais acabou, esta tarde, com a arguida Teresa Ferreira a ser ilibada.
O caso remonta a 2020 e nasceu de uma fotografia tirada por uma agente da Polícia Municipal de Cascais, que tinha orientações para assim agir da empresa municipal responsável pelos resíduos, a Cascais Ambiente. Na imagem, via-se a caixa - uma encomenda postal de especiarias, com o endereço do destinatário - fora do contentor.
A acusação de crime ambiental chegou a tribunal no dia 10 de janeiro e a sentença, lida nove dias depois, deixou a advogada Suzete Marques satisfeita, como a própria contou à TSF.
"Não foi provado quem foi que fez aquele estardalhaço e enfiou a caixa no chão, não foi provado. Mesmo estando lá o nome da outra senhora, não se sabe se foi ela ou se foi alguém, é natural que tenha sido outra pessoa e não elas", explica a advogada.
Além disto, "pela honestidade" da arguida e "pela maneira como as coisas se passaram, foi absolvida sem custas" e o assunto está agora "encerrado".
A moral da história para esta advogada com quase 25 anos de carreira é uma só: "Há disparates que uma pessoa não está à espera que aconteçam."