Forças Armadas vão ser "parceiro muito forte" do Ministério da Saúde na vacinação
João Gomes Cravinho assegura que as Forças Armadas estão prontas e vão estar "muito envolvidas" no cumprimento do plano de vacinação da Covid-19.
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O Ministério da Defesa Nacional está pronto para ser um braço direito do Ministério da Saúde no plano de vacinação da Covid-19. João Gomes Cravinho, numa audição no Parlamento, assegurou que as Forças Armadas vão marcar presença em todo o processo e contribuir para a "recuperar a economia" e "normalizar a vida em sociedade"
"O Ministério da Saúde conta com um parceiro muito forte e sabe-o e tem todo o interesse em tirar proveito desta possibilidade", apontou o governante, frisando que "as Forças Armadas estão muito envolvidas na organização do funcionamento da task force, nomeadamente com a formatação de uma sala de situação no Ministério da Saúde que vai permitir o comando e controlo em todos os momentos e de todos os aspetos relacionados com a logística, a distribuição e a administração das vacinas".
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O governante revela ainda que esta quinta-feira será anunciado, pela ministra da Saúde, e em "pormenor" o plano que foi desenvolvido para esta fase.
Questionado sobre a presença das Forças Armadas no estrangeiro, o ministro da Defesa Nacional aponta que em 2021 haverá 1435 os militares destacados no estrangeiro e que "é possível" que apoiem os planos de vacinação locais, apesar de "ainda não estar previsto" que haja esse trabalho.
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O apoio a Moçambique
Dias depois de uma viagem a Moçambique, devido ao conflito militar em Cabo Delgado, João Gomes Cravinho lembra que "o papel de Portugal não é o de assumir qualquer tipo de responsabilidade soberana porque Moçambique deixou de ser uma colónia há 45 anos", mas sim "o de apoiar as autoridades de um país irmão no exercício pleno da sua soberania".
"É uma missão que se dedicará a apoiar a formação e capacitação das Forças Armadas moçambicanas no combate ao terrorismo em Cabo Delgado", sendo, diz o ministro, um "desafio complexo" e tendo em conta que "em todos os países onde há presença de terrorismo internacional tem sido necessário chamar a atenção e receber apoios internacionais", como é o caso de Portugal com presenças no Afeganistão, Iraque e no Mali.
A promessa sobre o sistema de saúde militar
Durante a audição no Parlamento, o ministro da Defesa Nacional anunciou ainda que a reforma do sistema de saúde militar (SSM) deve avançar já em janeiro.
"A reforma do SSM está agora consolidada e em janeiro farei um despacho final sobre o novo modelo, seguindo-se depois um processo de implementação liderado pelo EMGFA, que vai produzir importantes ganhos em termos da eficácia e sustentabilidade financeira, com uma maior coerência na sua estrutura de governação", assegurou o governante.