Fortaleza de Sagres abre com exposição multimédia onde se sente o cheiro das especiarias e o vento do mar
O novo Centro Expositivo, a Instalação Museográfica no Promontório de Sagres e as obras na Fortaleza custaram mais de 3 milhões de euros.
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É o local mais ocidental de Portugal, o sítio onde a terra acaba e começa o mar. Embora não seja certo que o Infante D. Henrique tenha passado alguma vez por Sagres (terá vivido no concelho, mas em Vila do Bispo) a localidade ficará eternamente ligada pelo simbolismo ao Infante D. Henrique e à epopeia dos Descobrimentos Portugueses. E são estas histórias e emoções que o novo centro expositivo da Fortaleza de Sagres pretende passar ao visitante com uma mostra inovadora." O espaço tem uma espécie de celas e em cada uma há a reprodução, por exemplo do fundo de um navio, na outra há uma tempestade, outra tem um escritório como seria na época do Infante D. Henrique", descreve a diretora regional de Cultura do Algarve. Mas, além de todos os dispositivos multimédia, Adriana Nogueira revela que quem visitar a Fortaleza terá também oportunidade de ver objetos mais antigos, como mapas da expansão portuguesa ou até artefactos ligados à escravatura.
Paralelamente, no primeiro andar do edifício estará sempre patente uma exposição de arte contemporânea. Uma mostra de obras do pintor Manuel Batista intitulada " Territórios Invisíveis" irá inaugurar o espaço e vai ficar patente durante cerca de 6 meses.
O edifício da Fortaleza foi também alvo de obras e, no total, foram gastos mais de 3 milhões de euros, em parte financiados pela União Europeia e pelo programa operacional CRESC Algarve 2020.
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Embora a Fortaleza seja o monumento mais visitado ao sul do País, a diretora regional de cultura admite que gostava de ver ali mais turistas, sobretudo nacionais. " Há uma relação de 80% de turistas estrangeiros e só 20% são nacionais", lamenta. "Gostaríamos que houvesse uma maior aproximação à população de Sagres e que eles sentissem que fazem parte desta história", salienta.