No dia em que iniciou mais um mandato de cinco anos, o diretor-geral de Saúde anunciou ainda uma fiscalização da venda de antibióticos sem receita nas farmácias.
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O diretor-geral de Saúde mostrou-se muito preocupado com a crescente ineficácia dos antibióticos e que é preocupante o avolumar de casos de resistência a este tipo de medicamentos.
No dia em que iniciou mais um mandato de cinco anos, Francisco George indicou que até final de 2013 poderão surgir nos hospitais equipas especializadas que aconselharão médicos em matéria de antibióticos sempre que não forem cumpridas certas regras.
«Se começar o tratamento com um dos antibióticos que está guardado para uma outra linha e não para começar o tratamento de uma infeção ou se prolongar o tratamento para além de cinco dias ou se, em regime de quimioprofilaxia, o prolongar para além de 24 horas o médico que prescreveu pode estar sujeito a ser interpelado por um membro da comissão de antibióticos», frisou.
Francisco George garantiu que conta com o total apoio da Ordem dos Médicos para este tipo de ações até porque se trata apenas de alargar à prescrição de antibióticos normas que são habituais entre a classe.
«O interno é acompanhado pelo assistente, o assistente é acompanhado pelo diretor e esta nossa tradição passa a agora a ter o foco mais importante na área dos antibióticos», explicou.
O diretor-geral de Saúde indicou ainda que os farmacêuticos não negam que existe venda de antibióticos sem receita, uma situação que passará a ser fiscalizada.
Questionado sobre as consequências para quem receite ou venda antibióticos de forma irregular, Francisco George explicou que essa é uma questão do domínio da ética e da responsabilidade.