Presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande diz que denúncia de irregularidades na reconstrução de casas foi "encomendada". Há "quem gostava que a sua casa tivesse ardido", diz.
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O presidente da câmara de Pedrógão Grande considera que está a ser alvo de "perseguição" na sequência da denúncia de irregularidades na reconstrução de casas na freguesia afetada pelos incêndios do verão passado.
Em declarações à Sic Notícias, Valdemar Alves acusa os opositores políticos na autarquia de "má-fé" e diz que esta foi "uma peça de trabalho jornalístico encomendada".
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Valdemar Alves aponta ainda o dedo aos habitantes locais. "É uma inveja daquelas pessoas que falam, mas que não dão a cara, e que gostariam que a suas casas tivessem ardido para terem uma casa nova e de outras pessoas que estão invejosas do trabalho que foi feito pelo Governo".
Segundo a edição da revista Visão desta quinta-feira, meio milhão de euros de donativos destinados à reconstrução de casas de primeira habitação terão sido desviados para casas não prioritárias , isto é, de segunda habitação.
A Visão refere casos de pessoas que mudaram a morada fiscal após o incêndio de forma a conseguirem o apoio do Fundo Revita ou de outras instituições, como a Cáritas, SIC Esperança, Cruz Vermelha, La Caixa, Gulbenkian ou Misericórdias.