O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e um dos subscritores do documento que apela a uma solução para a PT, não gostou que o o ministro da Economia chamasse a esse grupo «brigada do resgate».
Corpo do artigo
Num debate, precisamente sobre actual momento da Portugal Telecom, Freitas do Amaral refutou o epíteto e disse que não tem por hábito responder a má educação. O fundador do CDS, partido a que pertence Pires de Lima, lamentou que o ministro, que sempre foi uma pessoa educada, tenha agora enveredado por esse caminho, para «fazer um frete ao primeiro-ministro».
Depois de se saber da proposta dos franceses da Altice para comprar a Portugal Telecom, Freitas do Amaral e outras personalidades como Bagão Félix, Francisco Louçã e Manuel Carvalho da Silva subscreveram na segunda-feira um «apelo para resgatar a PT», em que exigem «das autoridades políticas e públicas uma atuação intensamente ativa» na empresa.
Também o presidente do Conselho Económico e Social (CES), outro dos subscritores, rejeitou hoje «enfiar a carapuça» das declarações proferidas pelo ministro da Economia.
«Não enfio a carapuça. Não é para mim de certeza», afirmou Silva Peneda aos jornalistas à margem do plenário do CES, na Assembleia da República.
O presidente do CES disse que não é sua pretensão, «nem é pretensão desse papel, ter uma solução para o problema» da Portugal Telecom e referiu que assinou o documento por preocupação com o centro tecnológico de Aveiro.