O salário do mês de junho, este ano, não acumulou o pagamento do susbsídio de férias. Os funcionários públicos foram assim confrontados com a medida que faz parte do programa de ajustamento. A Frente Comum vai protestar na rua, em Lisboa.
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Só os funcionários que recebem um salário inferior ou equivalente a 600 euros recebem este ano, o subsídio de férias na íntegra. Os que auferem um salário entre 610 euros e 1.090 euros recebem apenas uma parte do subsídio de férias. São as únicas exceções, de resto, todos os funcionários públicos que ganham 1.100 euros por mês, ou acima, têm um corte total no subsídio.
A medida que está já a ser aplicada continua a ser contestada pelos sindicatos. A Frente Comum sai hoje à rua, num protesto marcado para as 14h30m, no Largo do Príncipe Real, em Lisboa. Os manifestantes dirigem-se, de seguida, para a residência oficial do primeiro-ministro onde dirão a Passos Coelho que «não aceitam que o Governo esteja a tirar dinheiro aos trabalhadores para dar aos bancos», segundo Ana Avoila.
Para além desta iniciativa, os funcionários da administração central vão entregar uma resolução no Tribunal Constitucional contra a suspensão dos subsídios de férias e de Natal, decidida pelo Governo no âmbito do programa de ajustamento.
A manifestação desta tarde serve, ainda, para os trabalhadores da Função Pública protestarem contra os despedimentos e as falsas rescisões amigáveis, a adaptabilidade dos horários de trabalho com o aumento de duas horas por dia e de 50 horas por semana e a mobilidade forçada.