António Costa lançou a proposta de o salário mínimo atingir os 750 euros até 2023, mas a frente sindical da Função Pública defende que há condições para dar mais aos trabalhadores.
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A Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública quer a subida do salário mínimo para os 850 euros e um aumento remuneratório de 90 euros para todos os trabalhadores do setor público. As reivindicações foram apresentadas pela frente sindical, este domingo, numa conferência de imprensa, em Lisboa, na sede da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
Este domingo, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que irá apresentar aos parceiros sociais uma proposta para elevar o salário mínimo todos os anos até o mesmo atingir os 750 euros em 2023.
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Em declarações à TSF, a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, defendeu que não é preciso esperar pelo final da atual legislatura para haver aumentos salariais.
"Não é 750 [euros], como quer o Governo e como já anunciou António Costa! É os 850 [euros] e não é no fim da legislatura! Não é preciso esperar até ao ano de 2023 para ter um aumento salarial maior", afirmou Ana Avoila, quando falava sobre as reivindicações dos sindicatos em termos de salários.
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Ana Avoila acusou ainda o Governo socialista de estar a "tentar criar elites dentro da Administração Pública", defendendo que o que é necessário é um aumento generalizado de 90 euros - que abranja todos os trabalhadores da Função Pública.
O documento de revindicações da Frente Comum, que inclui também a "reposição" dos 25 dias de férias, vai ser discutido pelos trabalhadores, em plenário, a 6 de novembro, quando será tomada "uma posição" sobre o programa do Governo, que foi apresentado no último sábado.