Um investimento de 2,2 milhões de euros em três anos servirá para agregar em base de dados as necessidades do setor social e para erradicar os problemas encontrados.
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A Fundação La Caixa e o BPI vão disponibilizar 2,2 milhões de euros numa fase inicial de três anos porque compreendem a "relevância que o setor social tem para o país em termos de números de organizações, recursos humanos, impacto na sociedade, despesas e apoios sociais".
A verba servirá para a produção de um relatório de frequência anual - "Balanço Social do País" -, onde será traçado um retrato socioeconómico das famílias portuguesas, "com ênfase nas situações de privação e exclusão", referem os parceiros. Além disso, o documento visará fornecer aos cidadãos respostas quanto às soluções existentes no país.
A iniciativa mais inovadora será, no entanto, a criação de uma base de dados pública, que permitirá concentrar todas as informações necessárias às organizações sobre o setor social em Portugal, de forma a promover as intervenções das partes envolvidas no sistema.
O BPI e a La Caixa querem ainda desenvolver dois programas de capacitação social, quer através de formação em sala, para dirigentes do setor, quer através do diagnóstico e acompanhamento das instituições no que toca à sua gestão.
A iniciativa que tem como propósito promover a equidade social "complementa a intervenção do BPI e da Fundação La Caixa no setor social em Portugal, que inclui cinco prémios destinados a apoiar projetos de instituições de solidariedade social, no valor global previsto de 3,75 milhões de euros em 2019, além de programas próprios na área do emprego, cuidados paliativos e, em breve, infância e seniores", conforme explicam o banco e a fundação.
A La Caixa, que já criou, em cerca de um ano de vida, 450 postos de trabalho facilitados em 200 empresas, conta com 10 equipas de apoio psicossocial distribuídas por diferentes regiões do país: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira.