Autarquia anunciou reabertura do espaço de diversões, mas ainda está em conversações com a fundação que apoia crianças carenciadas e que até 2003 recebia as receitas das entradas na velha Feira Popular.
Corpo do artigo
A Fundação "O Século", que apoia crianças carenciadas, está em conversações com a Câmara de Lisboa para perceber como é que pode ser compensada pela reabertura da Feira Popular.
A autarquia anunciou hoje um novo espaço, em Carnide, para o histórico parque de diversões. O problema é que as receitas da antiga Feira Popular revertiam para a Fundaçao "O Século".
À TSF, o presidente da fundação explica que quando a feira fechou, em 2003, a câmara comprometeu-se a pagar 2,5 milhões de euros, por ano, para compensar a perda até que existisse uma nova Feira Popular. Um acordo que a autarquia acabou por suspender, por falta de dinheiro, e rever em forte baixa.
Emanuel Martins recorda que "a 'Feira Popular de Lisboa' é um título nosso, da fundação, e foi criada em 1943 para suportar a obra social da Fundação "O Século" que desde essa altura foi o seu legítimo proprietário".
Agora, com a anunciada reabertura da Feira Popular, a fundação já começou a conversar com a Câmara de Lisboa. A primeira reunião aconteceu há dias e Emanuel Martins diz que "está tudo em aberto". A Fundação "O Século" pretende ser compensada financeiramente e que sejam "reconhecidos os seus direitos", mas não adianta mais pormenores sobre quais serão as suas exigências.
O presidente da instituição social sublinha que "há muito a falar", entre outras razões porque a câmara não cumpriu o primeiro acordo assinado em 2003, aquando do encerramento da Feira Popular.
Emanuel Martins acredita, contudo, que vai ser possível chegar a um acordo, nomeadamente porque notou boa vontade no presidente Fernando Medina que convocou a Fundação "O Século" para uma reunião antes de anunciar a reabertura da Feira Popular.